Descrição:
Esta proposta foi apresentada em duas etapas na exposição coletiva II Exposição Internacional de Artes e Gênero.
Primeira a instalação de bolsas foi apresentada no chão e costuradas junto manualmente usando cobertores para assegurar em pé e aberta. As bolsas foram dispostas de modo que suas "bocas" ficassem abertas e funcionam como recipientes onde o participante possa depositar uma mensagem escrita - um segredo.
Foram disponibilizadas papéis, canetas, lápis, fichas, batom, espelho, pente, pranchas e tatames para sentar no chão e escrever uma mensagem, contar um segredo ou ler os segredos de outrem.
Uma versão desta proposta foi apresentada anteriormente com as bolsas na parede em 2016 na exposição "Transgressões da Pandora" na galeria A SALA do Centro de Artes da UFPel em 2016 (mas não existia ainda a performance que foi apresentada pela primeira vez em Florianópolis).
A foto no catálogo de Florianópolis, 2017 mostra a versão anterior da instalação (2016), catálogo disponível em: < http://www.wwc2017.eventos.dype.com.br/download/download?ID_DOWNLOAD=61 >
e também em
https://issuu.com/alicemon/docs/2017_2a_exposi__o_intl_arte-e-egenero-fazendo-gene
Todos os segredos fora da caixa. Apresentação 2017. Foto Alice Monsell |
Foto Alice Monsell |
O que sobra pode ser um segredo que está sobrando, transbordando das bolsas bocas, onde se esconde ou quer se revelar, sobras da memória, do mal tratamento, da necessidade de justiça na denúncia. A palavra mantido em silêncio precisa ser transformada, reciclada, se tornar outra coisa.
Cerca de 47 mensagens foram deixadas nas bolsas - estas mensagens foram lidas em voz alta posteriormente no dia 1 de agosto de 2017 às 16h. Foto Alice Monsell
Acredito que a maioria das pessoas sabiam que seu segredo seria lido em público e espero que foi um alívio. Uma pessoa escreveu seu nome, mas não li os nomes em voz alta (não deixa de ser uma censura inevitável). Muitos segredos são mantidos para proteger alguém. Outros são mantidos em silêncio devido à sensação de vitimação (que o ato de contar o segredo possa transformar em algo mais positivo e libertador - ver meu texto com link embaixo. ). A performance posterior, apresentado dentro da galeria, tinha objetivo de ser libertador e começar um processo de talvez a palavra é "cura". Em outros casos, podemos contar um segredo que não é "nosso" e isto constitui uma denúncia ou uma fofoca. A leitura dos segredos em voz alta levantou várias dúvidas éticas sobre como estas escritas coletadas poderiam ou se deveriam ser usadas posteriormente (com a sugestão, por exemplo, de ler somente os segredos de outros locais).
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Foto Alice Monsell
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Stills do performance no dia 1 de agosto de 2017.Fotos Jacks Selistre.Titulo performance:
A
LEITURA DOS SEGREDOS EM VOZ ALTA
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Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
Foto: Jacks Selistre.
O que sobra pode ser uma fala
quase soprando no ponto da língua,
como segredo, na boca transborda
ou se guarda como bolsa fechada.
Quer se revelar,
quer sobrar na memória,
quer reciclar a lembrança e ser lembrado.
Quer falar sobre as sobras
do mal tratamento,
sobre as sobras da violência,
denunciar a necessidade de justiça
ou até fofocar.
A
palavra mantida em silêncio
em algum momento estoura.
Como segredo, quer se transformar,
vocalizar, verbalizar,
ser escrita, lida, ouvida.
Uma sobra como obra de sopro.
2nd INTERNATIONAL EXHIBITION OF ART
AND GENDER
FAZENDO GÊNERO 11 – 13th WOMEN´S
WORLDS CONGRESS
Museum of Ethnology and Archeology (MArquE)
| Federal University of Santa Catarina (UFSC)
July 30 to August 30, 2017
25 ARTISTIC PROPOSALS – 27 ARTISTS
Agnes Vilseki
Alexandra Martins
Alice Monsell
Aline Daka
Ana Sabiá
Annie Gonzaga
Bruna Luisa
Cheyenne Luge
Clarissa Borges
Cláudia Paim
Consuelo Schlichta, Clarissa Silva and Elisete
Machado
Diane Sbardelotto
Elisa Comandulli
Heloisa Angeli
Itamara Ribeiro
Larissa Schip
Letícia Lima
Lívia Auler
Marielen Baldissera
Mirela Ferraz
Nadia Senna
Natália Rosa
Rosana Bortolin
Sophia Pinheiro
Waleska Timmen
Performance Timetable
Furor - Mirela Ferraz
Time: 19:30h, Monday, July 31, 2017
Furor addresses the relation of the female body, its sacred ancestralism
and its every day oppressions. The artist employs a “poetic violence” to
portray the real violence suffered by women, as an aesthetic/political form of
protesting against the many silenced deaths that have occurred since the
beginning of Brazil’s colonization.
They didn’t live happily ever after - Claudia Paim
Time: 16:45, Tuesday, August 01, 2017
Stimulates reflection on the constitution of the female imagination
through the concern with standardized and socially acceptable behaviour. The
performance examines female choices concerning sexual partners and the roles
they play. It focuses on the Brothers’ Grimm story “The Princess and the Frog”,
and Paim deconstructs the stereotypical idea of the princess and the frog,
questioning the female figure and breaking down prejudices, both metaphorical
and actual.
The reading of secrets aloud - Alice Monsell
Time: 17:00h, Tuesday, August 01, 2017.
The performance involves the reading aloud of secrets put together under
the proposal “All secrets out of the box”, from 2016. The secrets are written
on cards and may require the public’s participation to help read them aloud or
spread them by whispering. The public also takes part by writing their own
secrets on the cards so that they are made public anonymously. As the secrets
are revealed, the public versus private debate and the frontiers of this
binarism are deconstructed. What secret are you willing to tell?
I dance not to forget – Alexandra Martins
Time: 15:00h, Wednesday, August 02, 2017 (before
the Women’s March)
The proposal came about when the artist noticed the recurring use of
white candles in acts and demonstrations due to the deaths and violence
produced by the discrimination against LGBTTIQ people. Cases such as these are
increasingly common nationwide in the light of a conservative wave that has
promoted these so called “hygienist” actions, which end up naturalising
violence and are therefore quickly forgotten. Placing lit candles on the
artist’s back shows that the act of standing upright is the action that hurts
the most.
Judging Committee
Rosa Blanca
(Universidad Federal de Santa Maria, Brasil/México)
Curator and Coordinator
Glauco Ferreira
(Universidad Federal de Santa Catarina, Brasil)
Lin Arruda
(Universidad Federal de Santa Catarina, Brasil)
Luciana Gruppelli Loponte
(Universidad Federal de Rio Grande do Sul, Brasil)
Patricia Lessa
(Universidad Estadual de Maringá, Brasil)
Sandro KA
(Universidad Federal de Santa Catarina, Brasil )
Virgínia Villaplana Ruiz
(Universidad de Murcia, Espanha)
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Information in English at site of the event Fazendo
Gênero 11/13o Mundo das Mulheres, acesse: http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=478
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