terça-feira, 31 de março de 2015


18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia
 

 

Dados e Currículo

 

Alice Jean Monsell


telefones: 53-3028-1677   e 53-8117-9245

 

Dados pessoais (nome, e-mail, endereço e telefones de contato), mini-currículo das atividades artísticas, culturais, militantes e/ou de pesquisa: links de catálogos, convites, textos críticos, notícias na Web e fotos de trabalhos recentes.

 

currículo

 

Alice Monsell, Orange, Nova Jérsei, EUA, radicada em Pelotas desde 1986, Doutora (2009) e Mestre (1997) em Artes Visuais, linha Poéticas Visuais pelo PPGAV/IA/UFRGS. Professora Adjunta de Graduação em Artes Visuais e do PPGAV-Mestrado/CeArte/UFPEL. Certificate in Women’s Studies pela Rutgers University, Douglass College, The State University of Nova Jérsei, EUA (1980). Artista e pesquisadora que, desde 2004, desenvolve instalações, ações, desenhos e seus modos de circulação que investigam as práticas do cotidiano doméstico e seus deslocamentos entre o espaço privado e público, questões de gênero, a representação visual do masculino e do feminino e o reaproveitamentos de materiais (sobras domésticas) na arte.  Exposições coletivas: 2012. Paralelo 31º: As reverberações da Arte Contemporânea em Pelotas, performance: “Roupa: as sobras da minha casa II”, no Agape espaço de arte. Casa Paralela, Pelotas; Artes e Ofícios para Todos, São Paulo, instalação: “Contextos domésticos”;  2011. Dialogos Abertos, Ação público no Campus Central da UFRGS: "Dispositivo ambulante para comer, conversar e desenhar observando a vista" em parceria com a artista Duda Gonçalves, integrando o Projeto Perdidos no Espaço do Campus Central da UFRGS. Porto Alegre, RS 2010. Construir e Cultivar, “Espaços Domésticos da Televisão”, A SALA - Galeria do Centro de Artes da UFPel, Pelotas, RS. alicejean@uol.com.br

 

Links da produção artística  

Links para publicações online  da autoria de Alice Monsell

 

MONSELL, Alice J. Desvios no Contexto Doméstico: Entre Documento e Material, Entre Privado e Público,  Anais do X Congresso da APCG, Porto Alegre, nov/2009, (Publicação l online 2011) Disponível em: < http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/anais/apcg/edicao10/Alice.Jean.pdf  > Acesso em: 15 abr. 2013.

 

MONSELL, Alice J. A (des)ordem doméstica : disposições, desvios e diálogos. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, UFRGS, Porto Alegre, 2009. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10183/18663 > Acesso em 15 abr. 2013.

 

MONSELL, Alice J. Da recontextualização do display doméstico para o fornecimento de um contexto para o diálogo.  17° Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Panorama da Pesquisa em Artes Visuais – 19 a 23 de agosto de 2008 – Florianópolis. Disponível em: < http://www.anpap.org.br/anais/2008/artigos/139.pdf > Acesso em: 11 abr. 2013. 

 

MONSELL, Alice J.; GONÇALVES, Eduarda (Duda). Uma Mesa com Vista Para o Canal Santa Bárbara: Aproximações Entre a Disposição Doméstica e a Proposição Para o compartilhamento da Cartogravista.  18º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas Transversalidades nas Artes Visuais – 21 a 26/09/2009 - Salvador, Bahia Diponível em:< http://www.ufrgs.br/veiculosdaarte/site/wp-content/uploads/2010/10/mesa_canal_santa_barbara.pdf > Acesso em> 14 abr. 2013.

 MONSELL, Alice J.;  RODEGHIERO, Ângela Monsom. Aquarela, aguada et cetera: Problematizando representações do masculino e do feminino. In: II SIGAM - Simpósio Rosa da Silva
[et al.]. – Pelotas : Ed. da UFPel, 2011. 1 CD-ROM (XXXp.) Periodicidade bianual.  Disponível em:

http://tbaquarela.blogspot.com.br/2012/11/wangheti-mutu.html


Monsell, A.J., Andrade Ferreira, R. and Azevedo Goncalves, E., (2015) "Walking, Sharing and Destruction: Poetic Reinventions of the Southern Landscape”, Athens: ATINER'S Conference Paper Series, No: HUM2015-1401. http://www.atiner.gr/papers/HUM2015-1401.pdf


Link do Grupo de Pesquisa do CNPq Veículos de Arte do PPGAV/Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: <  http://www.ufrgs.br/veiculosdaarte/site/?cat=5 > Acesso em: 14 de abr. 2013.

 

 

 

 

 

sexta-feira, 27 de março de 2015

1995 "Fila Imaginária", ação pública, concepção Alice Monsell, subprojeto do Projeto Museu de Portas Abertas do MALG-Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo do Instituto de Letras e Artes (atual Centro de Artes) da UFPEL


Atrás de uma fila, há coisa boa!

 A Fila Imaginária 

A Fila Imaginária é uma ação pública apresentada pela  primeira vez em junho de 1995. Se baseia na ideia que as pessoas adoram uma boa fila!
 
Depois de formar no Instituto de Letras de Artes (atual Centro de Artes da UFPEL), comecei a desenvolver este projeto que foi concebido durante um seminário promovido pelo MALG. A proposta: Fazer uma fila em frente do museu para ver se as pessoas sabiam o que continha lá dentro, uma fila de imagens, de figuras deslocadas de obras do seu acervo e dispostos numa fila em frente do museu, esperando para entrar. O projeto foi realizado com o apoio do Museu, especialmente de Prof. Wilson Miranda (Chefia MALG)  e Cristina Leitzke,  Programadora Cultural do MALG - Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, Pelotas, RS.  

As figuras da Fila são reais e imaginárias. Algumas figuras foram apropriadas de quadros e obras de artistas pelotenses ou artistas que trabalharam em Pelotas, como Aldo Locatelli (figura a esquerda).  A maioria das obras citadas estão no acervo do MALG, exceto, é claro o "Laçador" de Antônio Caringi (à direita). Outras figuras pictóricas apropriadas são a "Baiana" de Leopoldo Gotuzzo que entrou na fila ao lado do menino Jesus de Locatelli. Tive que modificar a pintura de Gotuzzo, porque na pintura original, a Baiana não tem pernas. No meio, são três meninas de uma pintura de Mello da Costa, e ao lado da figura  gaúcha "O Laçador" de Caringi , está uma figura de Fernando Duval que veio do mundo imaginário de "Wasthavastahunn" com uma linda roupa colorida! O casal beijando e o Brigada Militar foram fotografados numa fila na rua Mal. Floriano esperando o ônibus em 1994 - Quanto tempo de  espera!
 
Colaboradores esperam na Fila Imaginária em frente do
MALG em 1995.

Figura de Aldo Locatelli
Foi durante o mês de junho, época das Festas Juninhas que
fizemos  as filas  durante a semana, nos horários que passaram
 mais carros na rua Felix da Cunha que era  uma rua com muito
trafego na época. As filas foram organizadas para os horários
 de saída do Centro, depois de meio dia e de tardizinho quando
muitos carros saindo do Centro transitaram na Felix da Cunha.
Aqui uma família passa a fila indo para uma festa vestido
 de prenda.

Até eu fiquei na fila!


O horário de meio dia era mais transitado na Rua Feliz da Cunha.
A primeira apresentação formaram uma Fila até o final do quadro.
Os carros parraram para saber o que estava acontecendo nesta fila?
Deve ser coisa boa! Que loucura foi aquele primeiro dia na fila!


Projeto:  A Fila Imaginária   1994 - 1995




Cristina Leitzke Programação Cultural
do MALG


Fila Imaginária


Prof. Wilson Miranda
(Chefe MALG)

 
A Fila Imaginária é uma ação urbana do projeto “O Museu de Portas Abertas” e tem o objetivo de questionar a relação entre o museu e o público  que talvez não se sente confortável para entrar naquele espaço público. A proposta questiona a identidade visual do MALG, o Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, da Universidade Federal de Pelotas, localizado numa casa  na rua Felix da Cunha em Pelotas (em 1995).  A ideia deste projeto  é fruto de questões levantadas durante o seminário, “Patrimônio Cultural – Abordagens Museológicas”, promovido pelo MALG e o Instituto de Letras e Artes (atual Centro de Artes) da UFPEL  em 1994. Durante as discussões, tornou-se evidente os vários desafios que enfrentam este museu de arte  -  particularmente, a questão de sua visibilidade na cidade e a acessibilidade pela comunidade.   Havia uma necessidade de tornar esta “casa” e sua função mais visíveis diante do público.  O MALG, sem sede permanente, perde sua identidade com cada mudança de endereço.  A Fila Imaginária visa a trabalhar  este problema:

  Se o público não vai
ao museu ou não sabe
o que tem lá dentro

                então....                   
as figuras imaginárias  vão para o espaço público da rua...

A  Fila  Imaginária apresenta pessoas e imagens numa fila em frente do Museu numa rua movimentada no Centro da cidade.  A estratégia de fazer uma fila se baseia na observação que o Brasileiro não resiste uma boa fila!  Onde tem fila pode ter ‘coisa boa’!  Algumas das figuras da Fila Imaginária foram registradas em filas  nas ruas de Pelotas.

A Fila Imaginária foi feito para as pessoas que provavelmente não visitem  o Museu. Talvez não saibam o que existe além de suas portas. Talvez não sentem que o museu é um espaço público.  Talvez não saibam que podem entrar gratuitamente.


Gê Fonseca (à esquerda) colaborou com a
pintura da figura do Fernando Duval.
A Fila Imaginária se constitui também pela participação de colaboradores. Com a colaboração da Profa. Carmen Biasoli, os estudantes da disciplina de teatro ficaram na fila. As fantasias dos alunos (na foto) são baseadas em pessoas observadas em filas em Pelotas. Nesta fila, festa e bagunça intervêm nos fluxos do espaço urbano, criando um novo fluxo que atrai a atenção das pessoas passando nos carros e a pé, estimulando a dúvida a respeito  de tal fila estranha. 
 
        A Fila Imaginária mistura diferentes classes de imagens.  Além de apresentar pessoas reais na fila - os colaboradores - a fila cita as figuras de obras no acervo do MALG, a maioria dos artistas citados é pelotense. As figuras pintadas da Fila são literalmente imaginárias, pois, são imagens que foram apropriadas de obras de artistas, muitas das quais se encontram no acervo do Museu: de Mello da Costa, Fernando Duval, Antônio Caringi, Leopoldo Gotuzzo e Aldo Locatelli. 


        
   Duda Gonçalves entra em fila
ao lado das figuras do
           casal beijando que ela pintou na minha
                         Garagem, Areal, Pelotas.
             As figuras formam a Fila  Imaginária na rua Felix da Cunha em frente do MALG e indicam as obras que se encontram dentro do museu. A Fila apresenta três táticas envolvendo figuração: citação,  apropriação do real  e  performance.   
A  Fila Imaginária potencializa um ‘público’ entrando no museu e torna mais visíveis alguns artistas de Pelotas e suas obras, e, fundamentalmente, questionando seu uso do Museu pela comunidade e sua acessibilidade.


     Figuras imaginárias
    e reais esperam na
    Fila  Imaginária...
 
   Alice Monsell 1995-2015
 
 
  Vinte anos em fila imaginária!
 


O dia das vovozinhas que entraram na fila - alunas colaboradoras
disciplina de artes cênicas - Licenciatura em Artes Visuais 1995!
Ri, ri, ri um monte!


Colaboradores entram na fila
de mala e cuia!



 



Um casal anônimo se transforma em imagem figurativa da Fila Imaginária.
A imagem do casal  foi apropriada da foto de uma fila na rua Mal. Floriano
no Centro de Pelotas que tirei em 1994 (acima). Fotografei as pessoas 
esperando o ônibus na rua Marechal Floriano em Pelotas, em filas em bancos
e outros locais em Pelotas.  Depois, as imagens  de  um militar e um casal
foram ampliadas e projetadas, por meio de  diapositivos (slides), sobre um
suporte de madeira compensada naval que,  posteriormente, foi recortada e
pintada com tinta acrílica, utilizando técnicas foto-realistas. (Ver fotos do
"Making of" a seguir).





Prof. Wilson Miranda está na fila ao lado de uma figura  citando um quadro do artista pelotense Fernando Duval. As figuras pictóricas foram ampliadas para aproximar o tamanho real de uma pessoa.
Na garagem da minha casa, projetei fotos das figuras sobre madeira usando uma projetor de slides. Tive que afastar o projetor quase 10 metros para poder projetar as figuras numa escala natural sobre uma prancha de compensado naval. 


Figuras de Luiz Carlos Mello da Costa







LINKS sobre os artistas citados na Fila Imaginária:

Mello da Costa:
http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/Arte/article/view/1711/1590
Antônio Caringi
http://www.livrariaunesp.com.br/livrariaunesp/produto/25900/ESCULTURA+DE+ANTONIO+CARINGI+A
http://www.cultura.rs.gov.br/v2/2012/09/margs-faz-exposicao-sobre-o-tema-gaucho-e-a-revolucao-farroupilha/
http://www.public.art.br/wordpress/wp-content/uploads/JFA-ARTIGO-jornal-MARGS-pag.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Caringi
https://www.youtube.com/watch?v=iSrDgfKmhMc
https://www.youtube.com/watch?v=Es8K96iGKdQ
Fernando Duval
http://www.editoraprojeto.com.br/exposicao-de-fernando-duval-no-malg-em-pelotasrs/
http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2013/07/fernando-duval-abre-serie-sobre-os-10-gauchos-na-9-bienal-do-mercosul-4193512.html
https://www.facebook.com/video.php?v=578930008850637&set=vb.333222956754678&type=2&theater
https://www.facebook.com/wasthavastahunn
Leopoldo Gotuzzo
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10135/leopoldo-gotuzzo
http://wp.ufpel.edu.br/malg/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leopoldo_Gotuzzo
https://www.youtube.com/watch?v=DMk-QWZhA0U
Aldo Locatelli
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldo_Locatelli
http://www.eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/18/1346438342_ARQUIVO_2ArteSacraCatSFcoPaula-ANPUHRSGTHRR- 
 
julho2012.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=RwtYgK6SEFc
https://www.youtube.com/watch?v=JBwzdIxGixU
http://www.360cidades.com.br/place/catedral-sao-francisco-de-paula-pelotas-rs/



LINKS e reportagens e texto sobre o projeto:

http://srv-net.diariopopular.com.br/28_03_01/rr270302.html



Making of: Confecção da fila na primeira "Garagem Experimental", Areal, Pelotas, RS.  



Alice  pintando figura de Mello da Costa
na Garagem Experimental




O Menino Jesus, figura de Aldo Locatelli
em andamento, na Garagem Experimental.
                                 





Neusa, colaboradora na pintura da figura
 do Brigada Militar.


Adicionar legenda


Lucio  Colaborador


 

 




 

REFLEXÃO Crítica sobre a Fila: Ainda tenho dúvidas o que chamar esta proposta - a Fila Imaginaria.  Qual tipo de arte é isto? É uma "intervenção urbana"? É uma ação pública? É uma performance?   É um projeto de um artista  trabalhando em colaboração com uma instituição museológica?  É uma "obra" de arte? É um trabalho de Design Gráfica de identidade visual do Museu?  É Arte Colaborativa? É Arte Propositiva? É Arte Coletiva? É Autoral?

SIM!

Pois é.... Se a reflexão critica implica: "distinguir uma coisa do outro", distinguir o que é uma coisa, então, minha reflexão falhou. Teria que dizer que todos estes rótulos ou categorias de arte se aplicam a este projeto, por razões diversas que deixarei para uma publicação mais formal.

Entretanto, todas estas categorias que podem ser utilizadas para descrever este projeto não são, para mim, os mais adequados modos de verbalizar esta interação humana e imaginária e institucional que aconteceu. O termo que, atualmente, prefiro utilizar é "situação performática". O termo, que empresto de Eloy Feria, parece aproximar mais da forma artística, isto é, quando se fala de sua apresentação e não quando se refere a sua confecção colaborativa. 

Uma situação performática ... ação artística  que instaura uma situação num lugar /contexto / situ que envolve as pessoas de modo propositiva, instaura diálogos, trocas, conversas, interações variadas e faz com que todos os participantes se tornam partes integrantes desta grande "performance" coletiva.   
Não é uma "performance" em seu sentido tradicional, na qual somente "o artista" realiza a "performance".  A performance da Fila Imaginária é "coletiva", "colaborativa" e "participativa" - desvia da performance dos anos 60 (mas há várias referências de práticas nos anos 90 nas quais o autor propõe ações para grandes grupos em Florianópolis, na Inglaterra propondo performances coletivas, e em outros locais, acontecendo grandes eventos de fotografias coletivas propostas por um fotógrafo). 
 A Fila Imaginária também não foi "anunciada" como "Arte" por um convite e nem pelo uso do espaço dentro do Museu. Era uma fila, não parecia com "arte". Era algo curioso acontecendo na rua, um tipo de Happening talvez (com roteiro, uma atividade complexa). Quando fiz o projeto, não sabia o que significava ou como devo chamar tal projeto. Ainda tenho dúvidas.
Se naquela época tive dúvidas que aquela proposta fosse arte ou não... hoje, não duvido mais. Ironicamente, O MALG passava por semelhante condição de não ser reconhecido como "espaço de arte", de não ser identificado como "espaço público" aberto a todos. A maioria do  público em geral  de Pelotas que poderia visitar o Museu, não entendia que ali, naquela "casa" na rua Felix da Cunha residia as obras de Leopoldo Gotuzzo e de outras artistas do Estado e de Pelotas. Em 1994, ninguém, quase ninguém fora da Universidade sabia que poderia entrar naquele local gratuitamente. A Fila criou uma visibilidade, pelo menos enquanto durou, e muitas pessoas entraram na Fila, entraram no Museu. Entraram Baiana, trabalhadores de sacolina, crianças vestidas de prenda, gurizada, visitantes de escolas, estudantes, pedestres.... Encheram os livros de visitação! Participaram, sem saber, numa grande situação performática que, por seu espirito lúdico, nivelou as diferenças reais ou imaginárias entre as pessoas que poderiam perceber que a porta estava aberta para entrar e sentir-se em casa.