quarta-feira, 23 de outubro de 2019

2019 IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS: Ações Extensionistas do projeto Contextos de Atuação do Artista (PREC 584 UFPel) e pesquisa Sobras do Cotidiano e Contextos dx Artista em Deslocamento(9132 UFPel) do GRUPO de PESQUISA DeslOCC CNPq/UFPel

IMPACTOS SOCIAIS
DIVULGAÇÕES DE EVENTOS E AÇÕES EXTENSIONISTAS DE 2019
COLABORAÇÕES COM GRUPOS LOCAIS: 

Ação proposista e colaborativa proposta por Alice Monsell com colaboração de bolsista Rogger Bandeira PIBIC, colaboradoras do Grupo Sobras Mara Nunes (Mestrando em Artes Visuais), Vivian Parastchuk e Gabriela Kacelnikas, e alunos do Centro de Artes que participaram da oficina, discentes do Bacharelado e do Mestrado  em Artes Visuais da UFPel . 


Ação artística: Caminhada e Ação Fotográfica Almoço na Grama  


Colaboração: Semana Acadêmica de Artes Visuais da UFPel Junho 2019. 

cartaz Rogger Bandeira e Alice Monsell 





Sobre o making of   Almoço na grama



A oficina Almoço na grama, além de produzir uma ação artistica que envolve uma Caminhada coletiva e uma sessão de fotos, resultou na produção de um vídeo que foi mostrado no mesmo dia depois da oficina.

A oficina se tratava de uma uma experiência coletiva  de caminhar na rua e nas calçadas de Pelotas, do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas até uma bosque muito lindo que fica na Rua Gomes Carneiro em Pelotas.  Neste lugar, se encontra um campo arborizado que se localiza um pouco antes da entrada da Reitoria da Universidade Federal de Pelotas-UFPel, Campus Anglo, na beira do canal São Gonçalo, em Pelotas,  RS, Brasil. 

A proposta surgiu de um pensamento que estava se formando nos ultimos três anos.   A pratica de caminhar, como procedimento de pesquisa que permite a observação e registro de lixo depositado no espaço urbano de Pelotas, provocou, em mim, o desejo de realizar uma ação dentro de um local de acumulação de lixo. A oportunidade de realizar esta proposta surgiu com um convite  para propor uma oficina para a Semana Academica das Artes de 2019, feito pela aluna do Centro de Artes, Gabriela Kacelnikas, que atuava no Diretorio de Alunos do Centro de Artes.   A ideia de realizar uma oficina parecia ideal para fornecer um grupo de alunos que seria necessário para realizar uma atividade coletiva dentro de um deposito de lixo.    O convite forneceu a provocação necessário para pensar mais especificamente sobre os detalhes da oficina, pois, uma ação propositiva realizdada em grupo, precisa de ser planejada. É necessário que haja atividades que todos podem realizar, ao contrario de formas de arte que se reduz o processo criativo às atividades de um unico artista ou "autor".   

Em algum momento deste planejamento, sugiu a ideia de fazer uma releitura fotografico do quadro de cavalete do pintor associado ao Realismo e Impressionismo frances, Eduardo Manet, Dejeuner Sur L'Herbe.  As etapas da ação, portanto, foram organizadas deste modo: primeiro, uma caminhada até o local; segundo, uma ação fotografica de membros do grupo que ajudariam recriar o "Almoço na relva", do pintor francÊs  Eduard Manet neste sítio.  A possibilidade de realizar a proposta surgiu com a Semana Acadêmica/Expresso Infância realizado pelos alunos do Curso do Bacharelado em Artes Visuais da UFPel.

A oficina aconteceu no dia 12 de junho de 2019, a partir de 13h. Levamos sacolas e cestas com mantimentos para fazer um piquenique, com pão, e duas cucas de maçã quentinhas. Saímos, 16 pessoas, caminhando da frente do Centro de Artes na Rua Alberto Rosa, na zona do Porto de Pelotas, em direção à Reitoria, num percurso menos habitual, seguindo mais ou menos o canal São Gonçalo cuja vista está bloqueada pela construção de muros ao longo da área de armazéns do Porto.
Em meia hora, chegamos no bosque. Era difícil achar um local, inicialmente, sem vidros quebrados para colocar os cobertores no chão. Utilizando fotos  impressas da pintura de Manet para localizar árvores e efeitos de luz no fundo que mais ou menos lembravam a cena pictórica feita numa época que ainda dava para visitar a mata sem ver lixo acumulado.
O objetivo destas imagens é mostrar o ato de comer neste local de extrema beleza, porém, uma beleza danificada, uma beleza natural que existe em relação a um devir humano constante; um vir-a-ser da natureza sujeitada ao vir-a-ser das transformações humanas, a mata sujeitada aos processos entrópicos humanizantes com uma lógica insalubre onde cada progresso tem um efeito colateral de ruína em outro lugar onde não será vista....

Um quadro não é uma pintura
Fizemos as cenas, apropriando  os cenários do fundo da pintura de Manet e imitando as poses das figuras humanas do quadro (lembrando também que nossos procedimentos têm referência em Jeff Wall). Recriamos o quadro, que não é uma "pintura", por não usar tinta, mas é um quadro, um "enquadramento" - termo discutido na minha tese que tem a ver com algo dito por Daniel Buren e sua noção de "moldura cultural". 
Não queremos cobrir nenhuma superfície com tinta, não queremos esconder nada, nem fazer sugestões moralistas. Queremos, eu quero, mostrar o contraste deste lugar cheio de lixo na atualidade e o quadro de outrora e o potencial de ser muito mais, a potência de ser outro. Este lugar  foi diferente no passado e meu olhar pictórico veja muito mais para nós e que temos o poder de mudar este quadro.



A dupla potência
Se este bosque lindo na frente da entrada da Reitoria da UFPel está cheio de lixo é porque queremos que esteja cheio de lixo. Somente um desejo muito forte e incontrolável poderia produzir tal bosque.   Uma pessoa deixou uma sacola, depois outra, depois outra. Há uma vontade individual e coletiva de criar esta bagunça.
Nossa vontade incontrolável de conquistar as coisas que queremos, de ter mais e mais, ou de querer uma coisa tanta, mas, no processo de conquistar o que mais queremos, acaba ganhando e produzindo outra coisa impensável e impensada, um mundo cheio e inoperável, não respirável que acaba sem o poder de satisfazer nossa vontade de tomar um banho na Lagoa dos Patos. Disse Nietzsche:

E sabeis… o que é pra mim o mundo?… Este mundo: uma monstruosidade de força, sem princípio, sem fim, uma firme, brônzea grandeza de força… uma economia sem despesas e perdas, mas também sem acréscimos, ou rendimento,… mas antes como força ao mesmo tempo um e múltiplo,… eternamente mudando, eternamente recorrentes… partindo do mais simples ao mais múltiplo, do quieto, mais rígido, mais frio, ao mais ardente, mais selvagem, mais contraditório consigo mesmo, e depois outra vez… esse meu mundo dionisíaco do eternamente-criar-a-si-próprio, do eternamente-destruir-a-si-próprio, sem alvo, sem vontade… Esse mundo é a vontade de potência — e nada além disso! E também vós próprios sois essa vontade de potência — e nada além disso!”
– Nietzsche, Fragmento Póstumo
citando Nietzsche do site de Razão inadequada: https://razaoinadequada.com/2013/07/15/nietzsche-vontade-de-potencia/
A oficina CAMINHADA, AÇÃO FOTOGRAFICA E ALMOÇO NA GRAMA  foi uma colaboração com a Semana Acadêmica das Artes da UFPel, em junho de 2019, organizado pela Diretório Acadêmica estudantil do Centro de Artes LYGIA CLARK e por meio de convite de Gabriela Kacelnikas que atua no DA.


* * * * * * * * * ** * * 









Caminhada e Ação de Limpeza Laranjal V  2019



Cartaz Rogger Bandeira. Arte: Alice Monsell 



Oficina de Reaproveitamento Artístico de Materiais
ROBOPEL  no Parque Tecnológico Pelotas,
Colaboração com Grupo de Ensino, Pesquisa em Extensão CoCTec da UFPel


Oficina de COLAGEM E FOTOMONTAGEM com reaproveitamento artistico de materiais, realizada durante o ROBOPEL, no Parque Tecnologico de Pelotas, RS, Brasil em junho de 2019. Cartaz: Rogger Bandeira. 
Cartaz do evento ROBOPEL organizado pelo Grupo COCTEC. 
Colaborações com o Grupo de Ensino, pesquisa e Extensão CoCTec da UFPel em eventos como Scratch Day, Robopel e Oficinas em escolas da rede estadual e municipal em Pelotas. 
O Robopel foi realizado neste local em Pelotas, RS, Brasil 
 ROBOPEL 2019 https://turismopelotas.com.br/robopel-207-encerra-com-recorde-de-publico-e-confirma-a-proxima-edic
ao/



                           

Oficinas de Colagem e Fotomontagem
Escola Técnica Estadual Professora Sylvia Mello, Pelotas,
Colaboração com Grupo PET  Artes do Centro de Artes/UFPel
 Gustavo de Campos realizou uma oficina de colagem e fotomontagem com reaproveitamento artístico de materiais no segundo evento de oficinas na ETE Profa. Sylvia Mello organizados pelo Grupo PET ARTES. 

Ações do Grupo PET Artes < https://wp.ufpel.edu.br/petartesvisuais/2019/06/10/grupo-pet-desenvolve-atividade-de-conversa-para-tratar-sobre-questoes-pertinentes-aos-cursos-e-a-comunidade-academica/ > 





As Oficinas de reproveitamento artistico de materiais são organizadas pelo Coordenadora do Contextos de Atuação do Artista, Alice Monsell, e são realizadas semanalmente entre junho e dezembro de 2019 aos sábados. É planejada uma exposição coletiva/evento da produção das participantes das oficinas em Dezembro.     O projeto de extensão também realiza outras oficinas, como descritas acima, em escolas da rede estadual e municipal locais.   


       
Cartaz de divulgação para promover participação depois das férias no final de julho.  Segue as oficinas até o final do ano. Todos os materiais são fornecidos pela coordenadora do projeto (cola, tesouras, papel de floresta plantada e pincéis). Outros materiais são gratuitos, embalagens, revistas velhas, materiais reciclaveis da coleta seletiva (lixo limpo) e aceitamos doaçoes de materiais velhos e usados (papel, plastico, caixas, etc.).  Cartaz Graziela Cecilia Broda do Grupo Sobras/DeslOCC CNPq/UFPel.




Vínculos institucionais: 

O projeto de extensão CONTEXTOS DE ATUAÇÃO DO ARTISTA é vinculado ao Grupo de Pesquisa DeslOCC-Deslocamentos, observâncias e cartografias contemporâneas do CNPq/UFPel e também se vincula ao projeto de pesquisa deste GP, projeto de pesquisa Sobras do Cotidiano e Contextos dx Artista em Deslocamento.  


 

O Grupo Sobras se refere aos alunos colaboradores 

desta pesquisa e projeto de extensão. 

Alunxs colaboradores do Centro de Artes da UFPel com extensão em 2019 do Grupo Sobras/DeslOCC CNPq/UFPel:  Raquel Betun, Vivian Parastchuk, Graziela Cecilia Broda, Gustavo de Campos, e coordenadora Alice Monsell. 


Por meio deste projeto de extensão, queremos deslocar os modos de ver e pensar sobre  o lixo.  Queremos mudar o modo de praticar o cotidiano e valorizar as "sobras do cotidiano", ou seja, promover a consciencia ecologica sobre os materiais que utilizamos e jogamos fora todos os dias, dos quais MUITOS podem ser reaproveitados.  Estes materiais de segunda mão sao o que chamamos de SOBRAS DO COTIDIANO.  







Nenhum comentário:

Postar um comentário