IMPACTOS SOCIAIS
DIVULGAÇÕES DE EVENTOS E AÇÕES EXTENSIONISTAS DE 2019
COLABORAÇÕES COM GRUPOS LOCAIS:
Ação artística: Caminhada e Ação Fotográfica Almoço na Grama
Colaboração:
Semana Acadêmica de Artes Visuais da UFPel Junho 2019.
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cartaz Rogger Bandeira e Alice Monsell |
Sobre o making of Almoço na grama
A oficina Almoço na grama, além de produzir uma ação artistica que envolve uma Caminhada coletiva e uma sessão de fotos, resultou na produção de um vídeo que foi mostrado no mesmo dia depois da oficina.
A oficina se tratava de uma uma experiência coletiva de caminhar na
rua e nas calçadas de Pelotas, do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas até uma bosque muito lindo que fica na Rua Gomes Carneiro em Pelotas. Neste lugar, se encontra um campo arborizado que se localiza um pouco
antes da entrada da Reitoria da Universidade Federal de Pelotas-UFPel, Campus
Anglo, na beira do canal São Gonçalo, em Pelotas, RS, Brasil.
A
proposta surgiu de um pensamento que estava se formando nos ultimos três anos. A pratica de caminhar, como procedimento de pesquisa que permite a observação e registro de lixo depositado no espaço urbano de Pelotas, provocou, em mim, o desejo de realizar uma ação dentro de um local de acumulação de lixo. A oportunidade de realizar esta proposta surgiu com um convite para propor uma oficina para a Semana Academica das Artes de 2019, feito pela aluna do Centro de Artes, Gabriela Kacelnikas, que atuava no Diretorio de Alunos do Centro de Artes. A ideia de realizar uma oficina parecia ideal para fornecer um grupo de alunos que seria necessário para realizar uma atividade coletiva dentro de um deposito de lixo. O convite forneceu a provocação necessário para pensar mais especificamente sobre os detalhes da oficina, pois, uma ação propositiva realizdada em grupo, precisa de ser planejada. É necessário que haja atividades que todos podem realizar, ao contrario de formas de arte que se reduz o processo criativo às atividades de um unico artista ou "autor".
Em algum momento deste planejamento, sugiu a ideia de fazer uma releitura fotografico do quadro de cavalete do pintor associado ao Realismo e Impressionismo frances, Eduardo Manet, Dejeuner Sur L'Herbe. As etapas da ação, portanto, foram organizadas deste modo: primeiro, uma caminhada até o local; segundo, uma ação fotografica de membros do grupo que ajudariam recriar o "Almoço na
relva", do pintor francÊs Eduard Manet neste sítio. A possibilidade de realizar a proposta surgiu
com a Semana Acadêmica/Expresso Infância realizado pelos alunos do Curso do
Bacharelado em Artes Visuais da UFPel.
A
oficina aconteceu no dia 12 de junho de 2019, a partir de 13h. Levamos sacolas
e cestas com mantimentos para fazer um piquenique, com pão, e duas cucas de
maçã quentinhas. Saímos, 16 pessoas, caminhando da frente do Centro de Artes na
Rua Alberto Rosa, na zona do Porto de Pelotas, em direção à Reitoria, num
percurso menos habitual, seguindo mais ou menos o canal São Gonçalo cuja vista
está bloqueada pela construção de muros ao longo da área de armazéns do Porto.
Em meia
hora, chegamos no bosque. Era difícil achar um local, inicialmente, sem vidros
quebrados para colocar os cobertores no chão. Utilizando fotos impressas da pintura de Manet para localizar
árvores e efeitos de luz no fundo que mais ou menos lembravam a cena pictórica
feita numa época que ainda dava para visitar a mata sem ver lixo acumulado.
O
objetivo destas imagens é mostrar o ato de comer neste local de extrema beleza,
porém, uma beleza danificada, uma beleza natural que existe em relação a um devir
humano constante; um vir-a-ser da natureza sujeitada ao vir-a-ser das transformações
humanas, a mata sujeitada aos processos entrópicos humanizantes com uma lógica
insalubre onde cada progresso tem um efeito colateral de ruína em outro
lugar onde não será vista....
Um quadro não é uma pintura
Fizemos
as cenas, apropriando os cenários do
fundo da pintura de Manet e imitando as poses das figuras humanas do quadro
(lembrando também que nossos procedimentos têm referência em Jeff Wall).
Recriamos o quadro, que não é uma "pintura", por não usar tinta, mas
é um quadro, um "enquadramento" - termo discutido na minha tese que
tem a ver com algo dito por Daniel Buren e sua noção de "moldura
cultural".
Não
queremos cobrir nenhuma superfície com tinta, não queremos esconder nada, nem
fazer sugestões moralistas. Queremos, eu quero, mostrar o contraste deste lugar
cheio de lixo na atualidade e o quadro de outrora e o potencial de ser muito
mais, a potência de ser outro. Este lugar foi diferente no passado e meu olhar pictórico
veja muito mais para nós e que temos o poder de mudar este quadro.
A dupla potência
Se este
bosque lindo na frente da entrada da Reitoria da UFPel está cheio de lixo é
porque queremos que esteja cheio de lixo. Somente um desejo muito forte e
incontrolável poderia produzir tal bosque.
Uma pessoa deixou uma sacola, depois outra, depois outra. Há uma vontade
individual e coletiva de criar esta bagunça.
Nossa
vontade incontrolável de conquistar as coisas que queremos, de ter mais e mais,
ou de querer uma coisa tanta, mas, no processo de conquistar o que mais
queremos, acaba ganhando e produzindo outra coisa impensável e impensada, um
mundo cheio e inoperável, não respirável que acaba sem o poder de satisfazer
nossa vontade de tomar um banho na Lagoa dos Patos. Disse Nietzsche:
E sabeis… o que é pra mim o mundo?… Este mundo: uma
monstruosidade de força, sem princípio, sem fim, uma firme, brônzea grandeza de
força… uma economia sem despesas e perdas, mas também sem acréscimos, ou
rendimento,… mas antes como força ao mesmo tempo um e múltiplo,… eternamente
mudando, eternamente recorrentes… partindo do mais simples ao mais múltiplo, do
quieto, mais rígido, mais frio, ao mais ardente, mais selvagem, mais
contraditório consigo mesmo, e depois outra vez… esse meu mundo dionisíaco do eternamente-criar-a-si-próprio,
do eternamente-destruir-a-si-próprio, sem alvo, sem vontade… Esse mundo é a
vontade de potência — e nada além disso! E também vós próprios sois essa
vontade de potência — e nada além disso!”
– Nietzsche, Fragmento
Póstumo
citando
Nietzsche do site de Razão inadequada: https://razaoinadequada.com/2013/07/15/nietzsche-vontade-de-potencia/
Oficina de Reaproveitamento Artístico de Materiais
ROBOPEL
no Parque Tecnológico Pelotas,
Colaboração com Grupo de Ensino, Pesquisa em Extensão CoCTec da UFPel
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Oficina de COLAGEM E FOTOMONTAGEM com reaproveitamento artistico de materiais, realizada durante o ROBOPEL, no Parque Tecnologico de Pelotas, RS, Brasil em junho de 2019. Cartaz: Rogger Bandeira. |
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Cartaz do evento ROBOPEL organizado pelo Grupo COCTEC. |
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Colaborações com o Grupo de Ensino, pesquisa e Extensão CoCTec da UFPel em eventos como Scratch Day, Robopel e Oficinas em escolas da rede estadual e municipal em Pelotas. |
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O Robopel foi realizado neste local em Pelotas, RS, Brasil |
ao/
Oficinas de Colagem e Fotomontagem
Escola Técnica Estadual Professora Sylvia Mello, Pelotas,
Colaboração com Grupo PET Artes
do Centro de Artes/UFPel
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Gustavo de Campos realizou uma oficina de colagem e fotomontagem com reaproveitamento artístico de materiais no segundo evento de oficinas na ETE Profa. Sylvia Mello organizados pelo Grupo PET ARTES. |
Oficinas Pet ARTES na Escola TC Profa. Sylvia Mello <https://wp.ufpel.edu.br/petartesvisuais/2019/10/10/pet-desenvolve-oficinas-de-grafite-mini-publicacoes-stencil-e-fanzine-na-escola-sylvia-mello-no-segundo-semestre-de-2019/
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